ASPERGILOSE RESPIRATÓRIA:
O tratamento é difícil; o ideal é prevenir tratando as sementes com um
alumínio silicato (sequestrante). Movimento de cauda acompanhando a
respiração, abrir e fechar do bico com muita frequência. A respiração em
alguns casos é bastante ruidosa. Não há tratamento satisfatório com
medicamentos específicos.
ÁCAROS RESPIRATÓRIOS:
Acesso asmático repentino, porém mais frequente à noite e à tardinha, ou
depois de se alimentar. Respiração penosa, sibilante, com assobio.
Acesso de tosse com expectoração contento muitas ácaros. Plumagem em
desalinho, abertura do bico sincronizada com os movimentos
respiratórios. Após as crises, os pássaros voltam ao estado de aparente
normalidade. A presença de ácaros respiratórios Sternostoma Traqueacolum
- ocorre, em maior ou menor grau, na maioria dos criadouros. Isolar o
pássaro doente. Desinfectar as gaiolas todos os dias. Aplicar vacinação
adoptando o processo de arrancar algumas penas da coxa do pássaro,
esfregando, levemente, uma gota de Ivomec. A medição deve ser repetida
15 dias após e na segunda aplicação da vacina não havendo melhora do
pássaro, o mesmo não está acometido de ácaros, devendo ser tentado outro
tratamento.
CARÊNCIA DE VITAMINAS:
Falta vigor, queda de penas fora de época e falta de apetite. Os machos
não cantam e de modo geral pássaro fica adormecido durante o dia no
fundo da gaiola.
DOENÇA DA FACA:
A doença da faca é o nome vulgar de várias doenças, entre elas
uma causada por parasitas protozoários do grupo dos Coccidios, a
coccidiose. Os Coccicdios são protozoários que se multiplicam
nas células intestinais. Por vários factores, como por exemplo:
stress, mudança brusca de temperatura, alimentação deficiente ou
troca de ração ou falta de algumas vitaminas, os Coccidios
começam a se multiplicar no intestino, causando lesões
consideráveis no epitético intestinal, o que vai causar com que o
pássaro diminua sua capacidade de absorção dos nutrientes. Esta
diminuição da absorção dos nutrientes causa muita fome
na ave, o que leva a ave a comer desesperadamente, daí a frase
"morreu dentro do comedor comendo". Esta deficiência leva a um
estado de desnutrição aguda, os músculos peitorais são
"queimados" para gerar energia, na tentativa de salvar o
organismo, mas sempre em vão, o que leva ao quadro de "peito em
facção" ou "doença da faca", em seguida o óbito.
Tem cura? em alguns casos e dependendo do estado da ave sim !
Temos vários problemas:
1 - Diagnóstico - é muito difícil diagnosticar Coccidios,
pois as vezes estão na fase intracelular, o que não gera
oocistos nas fezes.
2 - Os medicamentos disponíveis tem uma certa especificidade,
as vezes podem ocorrer espécies do parasito que não são
sensíveis a um determinado medicamento.
3 - Temos que entender que existem Coccidiostáticos e Coccidiocidas.
Coccidiostáticos não matam os coccidios apenas o mantém
dentro das células intestinais sem se multiplicar e sem lesionar
o epitélio. Os coccidiocidas actuam matando os coccidios. Muitas
vezes o medicamento é o mesmo, apenas a baixa dosagem por um tempo
longo actua como coccidiostático e uma dose mais alta por curto
período actua como coccidiocida.
A prevenção é a maior arma contra a coccidiose, mantendo a
higiene do Canaril e fazendo uso de medicamentos preventivos.
OVO PRESO:
Esta é uma doença fisiológica que afecta as fêmeas. Todas as épocas
existem criadores que se queixam de perder fêmeas com ovos presos ou
atravessados. A causa disto é quase sempre reprodutores em má condição
física aliada a uma falta de cálcio na fêmea devido a posturas demasiado
intensas.
A hipocalcémia (falta de cálcio no sangue) surge facilmente quando a
fêmea tem de ir buscar e mobilizar as reservas de cálcio nos ossos para a
formação da casca do ovo. Quando mantidas em gaiolas as aves devem ter
sempre disponível um bloco de minerais ou então concha de choco. Isto e
luz solar directa são geralmente meio caminho andado para evitar perder
fêmeas deste modo.
Mesmo assim quando notamos que uma fêmea em postura está em
dificuldades, se aninha no ninho encolhida e está pouco activa podemos
recorrer a um remédio muito eficaz que consiste numa solução de Cálcio
líquido a 10% (que podemos adquirir na farmácia), 1 colher de café de
açúcar (ou glucose) duas gotas de AD3EC e uma gota de colina para 50ml
de água (um bebedouro normal). Esta mistura aplicada no bico da fêmea e
colocar esta num local aquecido durante algum tempo produz geralmente
resultados imediatos, pois a mistura de Cálcio com a vitamina D3 e
açúcar é rapidamente absorvida repondo os níveis normais no sangue e
facilitando a contracção muscular para que o ovo saia.
Quem tiver problemas em encontrar cálcio líquido pode usar cálcio em pó
dissolvido na água, o que se arranja facilmente raspando uma concha de
choco para dentro de um bebedouro. Quase sempre dá bons resultados e em
casos menos graves se colocarmos a fêmea logo no ninho dentro de pouco
minutos o ovo está posto e o assunto resolvido. É um bom método
continuar a fornecer cálcio e AD3EC na água de bebida durante mais 2 a 3
dias. Nestas situações a fêmea pára de pôr geralmente por uns dois
dias, o que não é de estranhar, devemos mesmo fazer com que esta pare de
pôr separando o casal ou tirando os ninhos pois puxar mais pela fêmea
enfraquecida não trará bons resultados.
Autor: Paulo Cantoni (Informações adicionadas para complementar Nuno Carvalho)
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