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domingo, 4 de agosto de 2013

Doenças.

ASPERGILOSE RESPIRATÓRIA:
O tratamento é difícil; o ideal é prevenir tratando as sementes com um alumínio silicato (sequestrante). Movimento de cauda acompanhando a respiração, abrir e fechar do bico com muita frequência. A respiração em alguns casos é bastante ruidosa. Não há tratamento satisfatório com medicamentos específicos.
ÁCAROS RESPIRATÓRIOS:
Acesso asmático repentino, porém mais frequente à noite e à tardinha, ou depois de se alimentar. Respiração penosa, sibilante, com assobio. Acesso de tosse com expectoração contento muitas ácaros. Plumagem em desalinho, abertura do bico sincronizada com os movimentos respiratórios. Após as crises, os pássaros voltam ao estado de aparente normalidade. A presença de ácaros respiratórios Sternostoma Traqueacolum - ocorre, em maior ou menor grau, na maioria dos criadouros. Isolar o pássaro doente. Desinfectar as gaiolas todos os dias. Aplicar vacinação adoptando o processo de arrancar algumas penas da coxa do pássaro, esfregando, levemente, uma gota de Ivomec. A medição deve ser repetida 15 dias após e na segunda aplicação da vacina não havendo melhora do pássaro, o mesmo não está acometido de ácaros, devendo ser tentado outro tratamento.

CARÊNCIA DE VITAMINAS:
Falta vigor, queda de penas fora de época e falta de apetite. Os machos não cantam e de modo geral pássaro fica adormecido durante o dia no fundo da gaiola.
DOENÇA DA FACA:
A doença da faca é o nome vulgar de várias doenças, entre elas uma causada por parasitas protozoários do grupo dos Coccidios, a coccidiose. Os Coccicdios são protozoários que se multiplicam nas células intestinais. Por vários factores, como por exemplo: stress, mudança brusca de temperatura, alimentação deficiente ou troca de ração ou falta de algumas vitaminas, os Coccidios começam a se multiplicar no intestino, causando lesões consideráveis no epitético intestinal, o que vai causar com que o pássaro diminua sua capacidade de absorção dos nutrientes. Esta diminuição da absorção dos nutrientes causa muita fome na ave, o que leva a ave a comer desesperadamente, daí a frase "morreu dentro do comedor comendo". Esta deficiência leva a um estado de desnutrição aguda, os músculos peitorais são "queimados" para gerar energia, na tentativa de salvar o organismo, mas sempre em vão, o que leva ao quadro de "peito em facção" ou "doença da faca", em seguida o óbito.
Tem cura? em alguns casos e dependendo do estado da ave sim !
Temos vários problemas:
1 - Diagnóstico - é muito difícil diagnosticar Coccidios, pois as vezes estão na fase intracelular, o que não gera oocistos nas fezes.
2 - Os medicamentos disponíveis tem uma certa especificidade, as vezes podem ocorrer espécies do parasito que não são sensíveis a um determinado medicamento.
3 - Temos que entender que existem Coccidiostáticos e Coccidiocidas. Coccidiostáticos não matam os coccidios apenas o mantém dentro das células intestinais sem se multiplicar e sem lesionar o epitélio. Os coccidiocidas actuam matando os coccidios. Muitas vezes o medicamento é o mesmo, apenas a baixa dosagem por um tempo longo actua como coccidiostático e uma dose mais alta por curto período actua como coccidiocida.
A prevenção é a maior arma contra a coccidiose, mantendo a higiene do Canaril e fazendo uso de medicamentos preventivos.
OVO PRESO:
Esta é uma doença fisiológica que afecta as fêmeas. Todas as épocas existem criadores que se queixam de perder fêmeas com ovos presos ou atravessados. A causa disto é quase sempre reprodutores em má condição física aliada a uma falta de cálcio na fêmea devido a posturas demasiado intensas.
A hipocalcémia (falta de cálcio no sangue) surge facilmente quando a fêmea tem de ir buscar e mobilizar as reservas de cálcio nos ossos para a formação da casca do ovo. Quando mantidas em gaiolas as aves devem ter sempre disponível um bloco de minerais ou então concha de choco. Isto e luz solar directa são geralmente meio caminho andado para evitar perder fêmeas deste modo.
Mesmo assim quando notamos que uma fêmea em postura está em dificuldades, se aninha no ninho encolhida e está pouco activa podemos recorrer a um remédio muito eficaz que consiste numa solução de Cálcio líquido a 10% (que podemos adquirir na farmácia), 1 colher de café de açúcar (ou glucose) duas gotas de AD3EC e uma gota de colina para 50ml de água (um bebedouro normal). Esta mistura aplicada no bico da fêmea e colocar esta num local aquecido durante algum tempo produz geralmente resultados imediatos, pois a mistura de Cálcio com a vitamina D3 e açúcar é rapidamente absorvida repondo os níveis normais no sangue e facilitando a contracção muscular para que o ovo saia.
Quem tiver problemas em encontrar cálcio líquido pode usar cálcio em pó dissolvido na água, o que se arranja facilmente raspando uma concha de choco para dentro de um bebedouro. Quase sempre dá bons resultados e em casos menos graves se colocarmos a fêmea logo no ninho dentro de pouco minutos o ovo está posto e o assunto resolvido. É um bom método continuar a fornecer cálcio e AD3EC na água de bebida durante mais 2 a 3 dias. Nestas situações a fêmea pára de pôr geralmente por uns dois dias, o que não é de estranhar, devemos mesmo fazer com que esta pare de pôr separando o casal ou tirando os ninhos pois puxar mais pela fêmea enfraquecida não trará bons resultados.
Autor: Paulo Cantoni (Informações adicionadas para complementar Nuno Carvalho)

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